Foi difícil, muito difícil. Não a estreia no Banana Bowl, categoria 16 anos, nessa terça-feira. Essa até que foi tranquila. Com um placar de 6/2 e 6/0, Richard Gama, cabeça de chave 12, derrotou Luis Guilherme Cupertino e avançou na competição. Complicado mesmo foi deixar Cuiabá, a família e partir para Barueri em São Paulo, com 13 anos, para integrar a equipe do Instituto Tênis(IT). Um mundão a sua frente e um desafio enorme. Hoje, dois anos depois, alguns degraus já foram escalados e a estrada ainda é longa, mas o que não falta é disposição. É com essa garra que pretende encarar os próximos adversários na quadra da Techset, na Barra da Tijuca.
Richard Gama, 15 anos, já foi campeão do Circuito Escolar e Universitário do Itaú na edição de 2015 e do Pascuas Bowl em 2018, mas quer mais. Lá se vão 9 anos dentro de quadra. Aos 6 o pai, professor de tênis em Cuiabá, começou a bater bola com ele. Aos 10 já disputava os primeiros torneios dentro do Mato Grosso, até que um olho clínico o identificou e o chamou para jogar o Banana Bowl, em Itajaí. Ele foi e partiu para cima: chegou à semifinal.
Em 2015 aconteceu a virada, Richard foi convidado para fazer um teste no Instituto Tênis, criado pelo ex-tenista e empresário Jorge Paulo Lemann. Passou e ficou, mas os três primeiros meses, principalmente, foram de grande dificuldade. “Sentia muita saudade de meus pais e não conseguia me encaixar na disciplina. Perdia a hora de acordar, não sabia fazer as coisas sozinho, sofria, fiz um monte de coisas erradas”, confessa Richard. Hoje, às vésperas de completar 16 anos, já se sente bem mais maduro e preparado.
“Ele tem potencial no tênis e um caminho físico ainda longo”, diz Danilo Ferraz, supervisor técnico do IT. “No início ele não estava preparado e quase não aguentou, mas com força foi amadurecendo, ultrapassando a fase complicada e está aí para crescer. O melhor do Richard é que quando ele está bem ele consegue apresentar um tênis completo. Esse é seu ponto forte”, completa Ferraz.
A mínima raquete de tênis pendurada em um dos dois colares de ouro no pescoço denuncia o amor pelo esporte. “Até gosto de futebol e torcia pelo Flamengo, mas agora não acompanho”, conta Richard. O que ele gosta mesmo é de ver Novak Djkovic jogar. “Sou muito fã e me vejo assim como o Djko, com um tênis mais agressivo. Mas também é demais a técnica do Nadal. Aqui no Brasil gosto muito o Rogerinho. É um tenista que trabalha muito, o que eu sei que também tenho que fazer”.
Richard segue jogando o Banana Bowl e na programação também está a disputa de mais um torneio ITF, o ITF GA de Porto Alegre, antiga Copa Gerdau. Apesar de ter participado de apenas quatro torneios ano passado, está ranqueado em 12º lugar na Confederação Sul-Americana. Com 1,73m, o menino tem fome de bola, mas lambe os beiços quando fala no arroz com galinha e a banana frita da avó. Coisa de menino grande.
RESULTADOS
A fase de chaves do Banana Bowl começou com tudo. Os jogos das categorias 12, 14 e 16 anos estão acontecendo nas quadras cariocas da Techset Academy, Novo Rio Country Clube e Marina Barra Clube.
Confira os resultados do dia das categorias 14 e 16 anos:
Da categoria 12 anos:
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